quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Rede Geodésica do Estado do Amapá, convênio entre o GEA, através da Sema e Secretaria de Estado de Planejamento, e a Fundação IBGE.

           Iniciou-se, com atraso em um ano, atividades para a revitalização da Rede Geodésica do Estado do AmapáReportagem da TV Amapá.
Acervo: Diniz Botelho
Na terça-feira, 16 de setembro de 2014, uma equipe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/RJ) apresentou Projeto de Adensamento e Revitalização das Redes Geodésicas do Estado do Amapá, fruto de convênio entre o GEA, através da Sema e Secretaria de Estado de Planejamento, e a Fundação IBGE. Encontro, promovido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), ocorreu no auditório do próprio órgão, e contou com a participação de instituições federais (Dnit, Funai, Ibama, ICMBio, Incra) e estaduais (Sema, Seplan, Setrap, Segov, Sefaz, Polícia Militar, Batalhão Ambiental) ligadas ao transporte e topografia.
Acervo: Diniz Botelho
O Projeto Amapá, desenvolvido pelo IBGE, através de convênio entre os governos federal e estadual e financiado pelo DNDES e pelo Fundo da Amazônia, visa estabelecer e aprimorar as Redes Geodésicas no Estado do Amapá. Abrangendo a área do estado ao longo de suas principais rodovias, apoiando assim a Política Cartográfica e o Plano Cartográfico do estado do Amapá.

O IBGE, além de pesquisas estatísticas, também desenvolve atividades não menos importantes, na área de geociências, como a cartografia e a geodésia, definida como a ciência que estuda a forma, as dimensões e o campo gravitacional da Terra. Logo as atividades da geodésia são, de um modo geral, levantamentos de campo que visam a determinação de valores de latitude, longitude, altitude e aceleração gravitacional, bem como o tratamento de dados levantados e suas disponibilização para a comunidade técnico-científica nacional e internacional.
Saiba mais.
Dentre os interesses específicos do Estado do Amapá, está a obtenção de dados geoespaciais mais precisos e detalhados para apoio à gestão territorial do estado, visando a definição de políticas públicas adequadas à sustentabilidade econômica, social, ecológica e ambiental.
Destacam-se também o mapeamento de risco e resposta a desastre, o apoio à implantação de usinas hidrelétricas e ao mapeamento do estado.


O Sistema Geodésico Brasileiro vem sendo executado, desde a década de 1940, com abrangência nacional e particular prestação de serviços à sociedade. A implantação e manutenção de uma rede geodésica são de extrema importância para o desenvolvimento de um município, estado ou país. Ela fornece uma estrutura posicional precisa capaz de apoiar inúmeras atividades que utilizam tais informações, como: Confecção de mapas e cartas; Referências para obras de engenharia como construção e pavimentação de rodovias e estradas,  pontes, viadutos e túneis; demarcação de áreas indígenas e de proteção ambiental; regularização fundiária e divisão de loteamentos; transmissão de energia e abastecimento de água, etc. Saiba mais.
Acervo: Diniz Botelho
As atividades de Geodésia desenvolvidas no IBGE têm como objetivo promover uma infraestrutura geodésica de referência para o georeferenciamento no Brasil através de um conjunto de informações e serviços associados, de acordo com as normas e especificações técnicas do IBGE.
Para o cumprimento desse objetivo, e atendendo aos requisitos legais atribuídos à instituição o IBGE atua na gestão do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), no que se refere ao seu estabelecimento, manutenção e acesso. O SGB é constituído por estações geodésicas,ativas e passivas, componentes das Redes Geodésicas (Planimétrica, Altimétrica e Gravimétrica), essencial às demandas de mapeamento de estruturas logísticas de transportes, de energia, saneamento e comunicação, monitoramento de mudanças climáticas e de elevação do nível médio do mar.
Acervo: Diniz Botelho
As Estações geodésicas são pontos da superfície terrestre, materializados por construções e concreto no formato de piramides com pinos ou chapas cravadas no seu topo (imagem acima) e com um código único para identificação da estação. Devido a sua importância, as estações geodésicas são protegidas por lei federal.
 Lei de proteção dos marcos: Decreto-Lei nr. 243, de 28 de fevereiro de 1967 - Marcos, Pilares e Sinais Geodésicos.
As Redes Geodésicas do Estado do Amapá serão densificadas com uso de tecnologias e metodologias que garantam a precisão das coordenadas e aceleração da gravidade, revitalizando as estações geodésicas existentes, implantadas na década de 1960 e 1980 e que apresentam um elevado índice de destruição (imagem acima). Evite danificar ou destruir um destes marcos.
Em setembro de 2014, duas equipes da Fundação IBGE (dois técnicos por equipe), estiveram percorrendo o Amapá revendo estes marcos geodésicos. Com o Projeto, o estado do Amapá possuirá as Redes Geodésicas mais homogêneas e atualizadas do Brasil. (imagem acima)
O Projeto também possibiliza estudos de viabilização para a ligação da Rede Altimétrica do Amapá com o restante da Rede Altimétrica do SGB; a futura conexão internacional com a Rede Altimétrica da Guiana Francesa, melhorando a geometria da Rede Altimétrica Sulamericana, e apoiando os projetos transnacionais, além da atualização da base de dados geodésicos da região.
As coordenadas e valores de aceleração da gravidade das estações geodésicas podem ser obtidas através da página do IBGE na internet: selecionando "Banco de Dados" e "Banco de Dados Geodésicos" ou aqui.
Acervo: Diniz Botelho
Chapa incrustada em uma pedra, no município de Tartarugalzinho, está estampada: PEDREGOSA-1961. No marco de azimute é um bloco quadrangular de concreto. Possui uma chapa, estampada: 1980. + 01 08 56  - 51 05 08

Depois de passado o período de transição, o SIRGAS2000 será o único sistema geodésico de referência legalizado no país. Ele é a nova base para o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) e para o Sistema Cartográfico Nacional (SCN).

Bibliografia: 
Folders e publicações da Fundação IBGE e pesquisas diversas na Internet.
Qualquer descuido de minha parte, favor contactar-me previamente.
ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/geodesia/projeto_mudanca_referencial_geodesico/informativo2.pdf

Sites de Interesse e afins:
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/sgb.shtm
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/altimetrica.shtmftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/geodesia/rel_sad69.pdf
http://www.sirgas.org/fileadmin/docs/Boletines/Bol18/22a_DiMaio_DaSilva_2013_Redes_geodesicas_Amapa.pdf
http://www.itcg.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=68
http://g1.globo.com/ap/amapa/amapa-tv/videos/t/edicoes/v/ibge-inicia-segunda-etapa-do-projeto-de-revitalizacao-das-redes-geodesicas-do-amapa/3757922/
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/introducao.html
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rmpg/default_rmpg_int.shtm?c=10
http://slideplayer.com.br/slide/356621/
http://mundogeo.com/blog/2005/06/29/infra-estrutura-geoespacial-brasileira-moderniza-se/
http://issuu.com/editoramundogeo/docs/mundogeo77
http://pt.slideshare.net/RodrigoTinoco/nocoes-basicas-cartografia
http://www.incra.gov.br/incra-amplia-rede-de-monitoramento-por-satelite-no-rs


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